segunda-feira, 13 de julho de 2009

Fashionista Extralarge


Seguindo a onda de celebridades do mundo musical se arriscarem como estilistas, Beth Ditto, vocalista da banda The Gossip, acaba de lançar uma linha de roupas "especiais" para a marca Evans. As roupas criadas pela rockeira foram desenvolvidas para mulheres com formas um pouco mais "redondas", digamos. A cantora de curvas avantajadas garante que até mesmo as marcas especializadas em extralarge não sabem fazer direito. A coleção traz basicamente roupas justas (bem justas!). Infelizmente a marca não entrega seus produtos em terras tupiniquins, para desanimo das fofinhas brasileiras.

Só mesmo ela para ter atitude suficiente de questionar os padrões de beleza e ainda assim ser queridinha do mundo da moda.


Será que cola?

/Fotos: Divulgação

5 comentários:

Andre disse...

Cruzes, pensei que fosse a Kelly Osbourne!

Leandro Boechat disse...

Se vai virar moda ou não, isso vai depender da Indústria da Moda - conjunto de agentes, organizações e atividades econômicas que dizem respeito aos processos de concepção, produção, divulgação e comercialização de produtos do vestuário (roupa e acessórios) sensíveis ao fator moda (criação -design de moda).
Como nos adverte Kawamura (2005) é fútil tentar definir a moda como se ela estivesse em um item do vestuário, porque moda é um produto intangível e simbólico.
A indústria da moda, seus principais agentes (estilistas, consultores e editores/jornalistas de moda) e suas organizações (empresas e câmaras sindicais) não produzem apenas o produto de moda (um artigo de vestuário e acessórios intensivos em design – criação, inovação), mas difundem a idéia e a cultura de moda; o que a diferencia da indústria do vestuário. Para que haja moda, deve haver um processo de difusão social (Kawamura, 2005).
Se a produção da "estilista" Beth Ditto passar pelo crivo da Indústria da Moda e se torna difusa socialmente, é provável que vire moda. Contudo acho difícil, já que seu objetivo é fazer suas próprias roupas e atingir um público alvo.
O interessante em sua produção é o questionamento aos padrões de beleza e estética vigentes em nossa "moderna" sociedade.

Unknown disse...

Lusho..adorei ela!...

Fabi disse...

Acho que a moda está relacionada principalmente aquilo lhe traz conforto, segurança e lógico, o que realmente te faz sentir-se bem. Logo, se esse "novo conceito" traz junto um novo olhar para pessoas que muitas vezes se sentem excluídas por não seguriem esteriótipos impostos pela sociedade, acho que "cola" com certeza!!!

Leandro Boechat disse...

O que traz conforto é roupa e não moda, já que moda é algo simbólico e intangível. Moda é uma ideia difundida socialmente.
"Novo conceito"? Melhor seria "velho conceito"! Ser magra, alta e sexy, esse sim é um "novo conceito" sincronicamente e diacronicamente falando.
Fabi em seu ancantamento durkheimiano, corrobora com a ideia de que a sociedade existe em si, a mesma exclui os atores sociais na formação e construção dessa sociedade e de seus esteriótipos.
Podemos dizer que tal tendência pode até "colar" para esse nixo desfavorecido. Contudo, vai ser difícil ver Giane Albertoni, Gisele Bündchen, Letícia Birkheuer entre outras usarem esse "novo conceito".